terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Faz-de-conta

Faz-de-conta  que
Ante ao mundo,
Nada mais sou que um tolo,
Pensando ser poeta.

Nada sou,
Apenas essa farsa respirando,
Ocupando um ponto no universo alento.

Nada mais sou que um pedaço do mundo,
Banido,
Sofrido...

Nada mais que,
Ainda sou,
A farsa dos olhos que correm essas mal traçadas,
Fugindo do momento que agora deixo ao leitor.

E,
Não sou quem segurou esse grafite,
Em meio a uma dose e outra.
Saudade penetrante do tempo alado
Que jamais há de voltar,
Para apenas sustentar meu ego.

Faz-de-conta que o momento não é agora
E não se faz o adeus, morada.

Faz-de-conta que ante ao mundo,
Ainda farsa,
Não sou...
E lá se foi aquele que se faz do
Momento de ir e vir,
Uma busca do amor sincero.

Faz-de-conta!...

Mário A. da Silva