Longe, bem longe,
Ao fim de cada
estrada,
Há sempre uma
janela de esperança!
Ao fim dessa
jornada sonhada,
Marcadas as pegadas
de alguém que por ali se fez adeus e partiu, ficaram!
Ficam sempre
esperando o momento de se fazer abraços e regresso,
Desse mesmo que deixou
pegadas e não se morada e se foi.
Navegando ainda nos
sonhos,
Longe, bem longe dessa
estrada,
Ainda sentido a dor
da despedida,
Longe, bem longe
dessa alma amorosa,
Marcado meu coração
ficou como morada desse cruel adeus.
Sim. A cada
despedida, a cada partida,
O cruel adeus marca
o coração,
Degenera a alma,
Aprofunda as
pegadas,
Fecha as janelas,
tranca as portas e não se faz regresso, a estrada.
Sim, o presente regresso
se faz eterno passado,
Cria raízes no
futuro marcando o fim dessa jornada.
E longe, bem longe,
no fim dessa jornada,
Desse presente
regresso sem futuro,
Ainda sua alma
amorosa,
Mesmo longe, bem
longe dessa paixão voraz,
Ainda sou estrada
na tua procura.
Entre essa janela,
Entre essa porta
que já não se abre mais,
Essa estrada que já
não leva a lugar algum,
Mesmo lado a lado
dessas pegadas,
Mesmo sabendo que
amar faz parte do universo que há em cada passante,
Meus lábios não t'o
dirão jamais que a procurei em todas as estradas, em cada janela, Por todas as
portas a cada pegada...
Meus lábios não t'o
dirão jamais que nessa busca incessante,
Sentado a cada
ocaso,
Morada desse olhar
cansado,
Sabendo agora que somos
duas ilhas isoladas,
Ainda assim me faço
eterno estrada na sua procura.
Mário A. da Silva
07/2012
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