sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Passageiro de Uma Vida


Certa vez, procurando-me, resolvi voltar ao passado na tentativa de saber quem sou.
Depois de procurar nas entranhas do meu viver, às margens de minha vida, apenas vi uma vida distinta da que hoje me foi reservada pelo meu direito de estar aqui.
Nessa jornada, vi que tudo na vida passa, depende muito de como tratamos nossas feridas, de como faremos as pazes com nosso passado.
Percebi que nessa jornada nada é eterno.
O que fica, é a maneira pela qual passamos por essa vida e de como afetamos nosso presente.
Então, de volta e aqui presente, entendi: "nossa felicidade é responsável por curar quase tudo. Ninguém é responsável por nossa felicidade além de nós mesmos e, as variáveis de nossas vidas, não justificam o modelo do nosso fracasso".
Então! Pare de pensar demais.
Procure viver por demasiadamente satisfeito consigo mesmo e entenda as emendas da tua felicidade.
Não saber de todas as respostas não te faz um estrangeiro do destino.
Pare de julgar o que não compreendes e não tentes lapidar o destino de modo ardil.
Isso! Sorria sem agredir a natureza da vida dos que o cercam!
Cuide da sua evasiva alegação buscando subterfúgio para esquivar-se de suas dificuldades.
Estais aqui só de passagem, e ao partir, o que lhe cabe na mala, é apenas sua dignidade.
Que tal aproveitar esse momento!
Distribua felicidade, realize seus sonhos.
Cerque-se do simples e belo momento de viver, não adianta se apegar às coisas terrenas.
Não esqueça da harmonia dessa vida, do universo, da harmonia de nós mesmos.
É, pare de pensar demais!
Viva cada momento com as pessoas que te queiram bem e que realmente, na sua partida, sentirão sua falta. Estamos aqui de passagem e, mesmo que não acredites nisso, quando chegar a hora, simplesmente parta.
Que fique os melhores momentos e a mais pura expressão de sua gentileza.
Seja importante e, independente do que for, seja você mesmo!
Vale apena!
Caminhe mais devagar!
Coloque a humildade para funcionar e saiba valorizar quem realmente lhe ama, essa sim, realmente merece seu respeito.

Mário – 28/11/2014

sábado, 24 de maio de 2014

Mais que um desejo


Gostaria de lhe dizer algo
Muito mais que imaginativo e belo.
De tudo o que ainda não foi dito.
Mostrar-te
O que os olhos
Ainda não puderam ver.
Contudo não posso.
Então,
Deixo aqui um mundo
Branco vazio,
Oculto em meu coração,
Onde meus pensamentos voam
Na mais singela forma
De lhe dizer eu te amo.

Mário

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O outro tem o direito de não gostar de você!

Frequentemente vejo pessoas se autodestruindo ou tentando destruir o outro porque não se conformam com o fato de não serem correspondidas. Afirmam insistentemente que amam e, em nome deste sentimento, julgam-se dona de toda e qualquer razão, como se qualquer atitude pudesse ser justificada por este sentimento.
Claro que desejamos ser correspondidos quando gostamos de uma pessoa. Óbvio que queremos nos relacionar com ela e creio que seja muito saudável fazermos o melhor que conseguirmos para tentar conquistá-la; mas precisamos considerar que nenhuma investida é garantida.
Faça o que fizer, haja o que houver e ainda assim o outro terá o direito de não querer, não gostar, não conseguir corresponder e oferecer os mesmos sentimentos. Acontece que algumas pessoas simplesmente não compreendem isso. São imaturas; comportam-se feito crianças que esperneiam e fazem birra a fim de conseguir o que querem.
Algumas optam pela autodesvalorização. Diante da recusa do outro, entregam-se às lamentações e não se cansam de repetir que são feias, desinteressantes e não têm sorte na vida. Pisoteiam sua própria auto-estima até realmente ficarem muito menos atraentes do que poderiam ser.
Existem as que mergulham tão profundamente nessas crenças que desenvolvem sentimentos próprios de depressão, instabilidade de humor, desânimo diante de tudo e de todos e, em alguns casos extremos, chegam até a desistir de viver.
Outras preferem atacar quem as rejeitou. Ainda que esta opção também signifique autodestruição, tais pessoas se empenham em bagunçar a vida do outro. Fazem escândalo na família dele, em frente a casa, tentam difamá-lo entre os amigos e, seja através de diretas ou de indiretas, não medem esforço para causar-lhe transtornos de todas as ordens.
Se você se derruba ou tenta derrubar o outro quando não consegue despertar nele o mesmo sentimento que o dedica, está na hora de crescer e amadurecer; de entender de uma vez por todas que as pessoas têm o direito de não gostar de você, assim como você também tem o direito de não gostar de alguém que se declara e revela o desejo de estar ao seu lado!
Sei que é triste, que a gente fica mal, chora e se angustia com uma recusa. Até aí, muito compreensível: todos nós desejamos ser amados por quem amamos. Mas depois de algum tempo (sejam dias ou alguns meses), isso tem de passar.
Aceitar o não é ser justo e democrático; é ser adulto o bastante para acatar os sentimentos do outro sem acreditar que ele tem o poder de lhe destruir caso não queira ficar com você. Não tem! E se você se vê destruído, saiba que a responsabilidade é sua e não do outro. Quem se destruiu foi você!
E enquanto digere a tristeza de não ser correspondido, comporte-se com dignidade. Não alimente pensamentos insensatos e unilaterais. Tente perceber como você pode se tornar melhor depois deste episódio. Sempre temos algo a aprender e as dores do amor servem perfeitamente para isso.
Por fim, não se esqueça: a gente só pode seduzir de verdade o coração de alguém quando usa, para tanto, atitudes de amor. Infantilidade, exageros, ofensas e acusações podem até fazer parte da reestruturação de uma relação, mas não podem persistir até que a única coisa que você mereça seja piedade. Porque, certamente, você merece bem mais do que isso!

Rosana Braga
(Palestrante, Jornalista, Consultora em Relacionamentos e Autora dos livros
 "O PODER DA GENTILEZA" e "FAÇA O AMOR VALER A PENA", entre outros)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Constante Saudade!

O que poderei encontrar no passado de minha constante saudade?
Apenas minha eloquência, tecida na certeza do momento, espalhada em cada janela, havida em meu olhar marcante.
O que poderei encontrar no passado de minha  eloquência, havida apenas na minha própria lembrança?
Apenas um tempo esquecido, um futuro corrido do presente que amei um dia.
Certo dessa vertente de viver, poderei apenas saber que um dia, de olho no futuro, correndo no presente, que as estradas de minha vida, de tantas curvas, os caminhos de meu coração não me levaram conforme meu destino.
Então, no subterfúgio de minha solidão, encontro-me abandonado, na esquina de minha vida, triste, inconsolável.
Agora, diante do mundo, ainda com temor dessa caminhada, minh’alma traz uma incerteza que me fere causando novas estigmas, que dos açoites, das desilusões, quase me matam.
Então, lá longe, bem longe dos olhos alheios, na luz do por-do-sol, busco entrelaçar-me à beleza do olhar que me inspira o desejo de partir para um oeste vivaz, distante, onde o sol esvaeceu e, ao alcance do momento, acreditar que posso amar-te assim como essa energia que me carrega a razão e acelera meu coração...
Com a força que consome mih'alma, diante desse arrebatador por-do-sol, tão somente, queria eu agora, não ser confesso desse amor!
Queria eu agora, apenas invadir a noite,  ver a brisa sobre a face do mundo e poder num segundo, sem sombra, que muito bela, mais forte que a poesia, apenas num segundo, em meus braços e num saber profundo, ir além do tempo e eternizar o momento.
Não posso! Mas deixo aqui, irretorquíveis, fortes palavras, indestrutíveis, na obscuridade do tempo, um pedaço do meu eu.
Então, o que digo agora ao meu e ao seu coração, é na acepção de alimentar minh'alma poética. Não digo para ser analisado, mas para que inspire os alheios sem razão e tocá-los sem entender, ainda que quase esvaecendo, todo o meu amor!
Mário A. da Silva
02/2014

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Tua Ausência

Tua ausência dói em mim, limita minh'alma, deixa em mim um peso no olhar. É como amar alguém sem jamais ter visto e entender que no encontro do clarear do dia, tu, essa distância, tem sobre mim, um estranho poder.

Tua ausência me rouba o tato, me faz perder o sentido de amar. É como amar alguém sem jamais ter visto. É como dormir o sono do abandono. É como a realidade de um dia que não se consome o mundo.

Tua ausência me dói, é como amar alguém sem sentir o calor dos teus braços, mergulhar nos sonhos povoados pelas madrugas, é como se ver andando pelo mundo revirando o passado desfrutando a saudade na esperança de um dia ver teu rosto e poder contemplar teu sorriso, mergulhar na tua beleza, sentir teu sabor de quero mais acalorado pelos beijos meus.

E o que me digas em tempo da tua ausência?
Porque a amei impetuosamente na candura do momento e na fleuma do teu silêncio, na inquietude da disciplina de tua voz, na magia do momento e com prudência do meu coração.

E o que me digas em tempo da tua ausência?
Jeito insólito de imaginar teu corpo no meu, teus lábios nos meus, teus abraços espreitando a realidade de uma vida sem jamais ter vivido.
Tua ausência é como amar alguém sem jamais ter visto e viver no envólucro da timidez da vida questionando-a, submetendo-se ao imaginar teu rosto, tua voz, teu corpo, teu cheiro, o encanto do teu sorriso...

Então, certo do que me digas, certo da tua ausência, mas, certo desse jeito inusitado, sem questionar essa distância, te amarei outra vez e quantas vezes me deixasse a vida viver e, te amaria mil vezes mais na prudência de minh'alma de um dia poder unir o destino que aparta-te de mim o que não morre, e encontrar em ti, minha metade ideal.

Mário A. da Silva

01/2014