Vem! Mostrar-te-ei o que projetado está no âmago de minh’alma,
Contido nas imagens de minhas
lembranças, se não, tudo de você, que se foi e deixou uma larga
esperança de tudo que é saudade.
Vem! Vem como alma verdadeira
desse mundo.
Mostrar-te-ei que ainda posso
sentir o teu amor e, que nada mais posso que além dessa vida, se não, vive-la
intensamente só por ti.
Não haverá nada que possas viver,
tão somente na distância, que tua presença se faz essência na morada de meu
coração, sem igual e magnífico por ser tão somente teu.
E ainda que trancado às chaves
da ânsia de querer-te apenas em um abraço, num tempo de infinito amor, que ainda
poderei ofertar-te, queria eu que tivesses um coração igual ao meu, e, se bem
que não quis, poder sentir o que sinto e o que vive em mim e ver com olhos teus,
sobre a estreita ponte do viver, o que vejo nos olhos meus.
Vem! Deixemo-nos, num instante,
de volta aos passos que o melhor de nós já viveu, levar-nos ao melhor de tudo o
que já vivemos e ainda o que tem por vir...
Vem! Vaguemos pelas estradas
do passado, refutemo-nos que não existira tão somente o melhor de
nós, refutemo-nos que não valera apena.
Divaguemos ignorando o
contato dessa realidade, nos asseguremos na força de nossos corações, envoltos
na necessidade de nós mesmos, e mostrar-te-ei que ao partir, levou consigo
uma vida inteira e não somente meu amor... Vem e tu verás!
Ora! Poderás até achar magnífico o que verás e esplendoroso meu amor, mas o que não verás, é que ainda permanecem, são sobras de você
em mim.
Mário A. da Silva
Outubro/2018