sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Incessantemente

Ao abrir a janela de minha vida,
Procurando-te na imensidão do tempo,
Percebi que não há mais nada a caminhar,
Tão pouco ressaltar essa procura inútil e triste.

Ao abrir a janela de minha vida,
Na imensa vertente da realidade de estar sentado
A pensar em você,
Percebi que não te esquecer,
É a mais perfeita tradução do meu amor!

Vejo o tempo agora,
Entranhado na imensa vertente da realidade de estar sentado,
Ainda tentando sentir o teu sabor de quero mais,
Como a certeza que me leva essa paixão voraz!

Ao abrir essa janela de tempo nessa virada de vida,
Ao fechar esse portal do passado,
Que entranhado no âmago de minh'alma,
Naufraguei nessas águas do passado,
De imensa saudade que se acumulam no coração,
Inundando minh'alma,
Percebi que me tornei refém desse amor sincero.

Nessa virada de tempo ao fechar sua janela,
Percebi no âmago de minh’alma a certeza de minha vida.
E, nessas águas passadas de saudade que se acumulam no coração,
Inundam minh’alma transbordando meus olhos numa imensa tristeza,
Por lembranças de um grande amor que morreu na realidade de meus lábios.

Nessa virada de vida,
Longe de ti o meu coração se esvai, e aos poucos, se perde.
E dentro de tua saudade é preciso que venhas,
Mesmo depois de tantas vidas deixadas,
Para que possas enxergar nos olhos meu, que enche de luz,
Ver que meu coração só a ti é uma canção,
E que minh’alma só a ti se prende!

Ao abrir a janela de minha vida,
Procurando-te na imensidão do tempo,
Percebi que não há mais nada a caminhar,
Tão pouco ressaltar essa procura inútil e triste,
Faz-me dizer-te a imensa falta me faz...
No deserto do meu eu,
Já sem alma, nessa noite sem lua,
Nessa terra sem fim,
Por maior que seja meu amor,
Por mais força que exista em minh’alma,
O meu desespero seja tão largo assim,
Nenhuma ausência é mais profunda e sentida que a tua.

Nessa virada de tempo, sem vida, à toa,
Sinto agora uma saudade sem medida,
Um imenso vazio na alma que não se pode preencher,
A expressão de uma imensa paixão,
Que nesse momento a eternizá-la,
Faz-me novamente procurar,
Nessa janela de vida, a tua presença,
Pessoa ilustre que se foi.

E aqui,
Desfavorável no tempo,
Agora sem janelas,
Vive essa dor que se aquieta,
Se transformando em silêncio quem espera pelos braços da vida de um dia reencontrá-la.

Mário A. da Silva

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