sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Súplica

Enquanto a vida estiver no mundo,
Um dia contarei uma história.
Talvez a minha,
Talvez a sua.
Agora,
Sem intenção alguma,
Sem aflição,
Sem nada a ressaltar,
Nem mesmo explicar coisa alguma,
Se quiseres saber por que me arrebato nas asas do pensamento,
Vem comigo.
Fujamos dessa impureza que lhe contarei,
Com lábios de rosa,
Sem ver um beijo fervido de amor,
Sem nem sonhar tal prazer,
Que a poesia é um fado.

Vem,
Naveguemos em sonhos além das dobras do coração.
Fujamos para o deserto,
Vivamos ali sozinhos olhando, descuidados à terra serena e calma.
Fujamos para tais lugares onde só a tristeza mente,
Onde só a alegria sente o saber sorrir.
E aos cuidados do oceano que d'imenso as vistas cansam,
Dormiremos na tua vez no seio da escuridão sentida.

Vem e tu verás a luz que brinca nas folhas de cor sombria.
Vem e tu verás o fagueiro luar como o sol pintor mimoso.
Vem que tu verás como é doce o romper d'aurora.
Vem comigo doce amada e tu verás o que enxergo nos olhos meu.
Vem!

Mário A. da Silva

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