sábado, 8 de fevereiro de 2014

Constante Saudade!

O que poderei encontrar no passado de minha constante saudade?
Apenas minha eloquência, tecida na certeza do momento, espalhada em cada janela, havida em meu olhar marcante.
O que poderei encontrar no passado de minha  eloquência, havida apenas na minha própria lembrança?
Apenas um tempo esquecido, um futuro corrido do presente que amei um dia.
Certo dessa vertente de viver, poderei apenas saber que um dia, de olho no futuro, correndo no presente, que as estradas de minha vida, de tantas curvas, os caminhos de meu coração não me levaram conforme meu destino.
Então, no subterfúgio de minha solidão, encontro-me abandonado, na esquina de minha vida, triste, inconsolável.
Agora, diante do mundo, ainda com temor dessa caminhada, minh’alma traz uma incerteza que me fere causando novas estigmas, que dos açoites, das desilusões, quase me matam.
Então, lá longe, bem longe dos olhos alheios, na luz do por-do-sol, busco entrelaçar-me à beleza do olhar que me inspira o desejo de partir para um oeste vivaz, distante, onde o sol esvaeceu e, ao alcance do momento, acreditar que posso amar-te assim como essa energia que me carrega a razão e acelera meu coração...
Com a força que consome mih'alma, diante desse arrebatador por-do-sol, tão somente, queria eu agora, não ser confesso desse amor!
Queria eu agora, apenas invadir a noite,  ver a brisa sobre a face do mundo e poder num segundo, sem sombra, que muito bela, mais forte que a poesia, apenas num segundo, em meus braços e num saber profundo, ir além do tempo e eternizar o momento.
Não posso! Mas deixo aqui, irretorquíveis, fortes palavras, indestrutíveis, na obscuridade do tempo, um pedaço do meu eu.
Então, o que digo agora ao meu e ao seu coração, é na acepção de alimentar minh'alma poética. Não digo para ser analisado, mas para que inspire os alheios sem razão e tocá-los sem entender, ainda que quase esvaecendo, todo o meu amor!
Mário A. da Silva
02/2014

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