Tua ausência me rouba o tato, me faz perder o sentido de amar. É como amar alguém sem jamais ter visto. É como dormir o sono do abandono. É como a realidade de um dia que não se consome o mundo.
Tua ausência me dói, é como amar alguém sem sentir o calor dos teus braços, mergulhar nos sonhos povoados pelas madrugas, é como se ver andando pelo mundo revirando o passado desfrutando a saudade na esperança de um dia ver teu rosto e poder contemplar teu sorriso, mergulhar na tua beleza, sentir teu sabor de quero mais acalorado pelos beijos meus.
E o que me
digas em tempo da tua ausência?
Porque a
amei impetuosamente na candura do momento e na fleuma do teu silêncio, na
inquietude da disciplina de tua voz, na magia do momento e com prudência do meu
coração.
E o que me
digas em tempo da tua ausência?
Jeito insólito
de imaginar teu corpo no meu, teus lábios nos meus, teus abraços espreitando a
realidade de uma vida sem jamais ter vivido.
Tua
ausência é como amar alguém sem jamais ter visto e viver no envólucro da
timidez da vida questionando-a, submetendo-se ao imaginar teu rosto, tua voz,
teu corpo, teu cheiro, o encanto do teu sorriso...
Então,
certo do que me digas, certo da tua ausência, mas, certo desse jeito inusitado,
sem questionar essa distância, te amarei outra vez e quantas vezes me deixasse
a vida viver e, te amaria mil vezes mais na prudência de minh'alma de um dia
poder unir o destino que aparta-te de mim o que não morre, e encontrar em ti,
minha metade ideal.
Mário
A. da Silva
01/2014
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