terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Tua Ausência

Tua ausência dói em mim, limita minh'alma, deixa em mim um peso no olhar. É como amar alguém sem jamais ter visto e entender que no encontro do clarear do dia, tu, essa distância, tem sobre mim, um estranho poder.

Tua ausência me rouba o tato, me faz perder o sentido de amar. É como amar alguém sem jamais ter visto. É como dormir o sono do abandono. É como a realidade de um dia que não se consome o mundo.

Tua ausência me dói, é como amar alguém sem sentir o calor dos teus braços, mergulhar nos sonhos povoados pelas madrugas, é como se ver andando pelo mundo revirando o passado desfrutando a saudade na esperança de um dia ver teu rosto e poder contemplar teu sorriso, mergulhar na tua beleza, sentir teu sabor de quero mais acalorado pelos beijos meus.

E o que me digas em tempo da tua ausência?
Porque a amei impetuosamente na candura do momento e na fleuma do teu silêncio, na inquietude da disciplina de tua voz, na magia do momento e com prudência do meu coração.

E o que me digas em tempo da tua ausência?
Jeito insólito de imaginar teu corpo no meu, teus lábios nos meus, teus abraços espreitando a realidade de uma vida sem jamais ter vivido.
Tua ausência é como amar alguém sem jamais ter visto e viver no envólucro da timidez da vida questionando-a, submetendo-se ao imaginar teu rosto, tua voz, teu corpo, teu cheiro, o encanto do teu sorriso...

Então, certo do que me digas, certo da tua ausência, mas, certo desse jeito inusitado, sem questionar essa distância, te amarei outra vez e quantas vezes me deixasse a vida viver e, te amaria mil vezes mais na prudência de minh'alma de um dia poder unir o destino que aparta-te de mim o que não morre, e encontrar em ti, minha metade ideal.

Mário A. da Silva

01/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário